sábado, 29 de dezembro de 2012


2012...


Tal como vi em uma dessas imagens que percorrem os perfis das redes sociais na internet, este ano EU cometi muitos erros...

Chorei demais por quem não merecia minhas lágrimas...

Ri com pessoas que não mereciam nem mesmo meu olhar...

Abracei pessoas que não mereciam sequer o roçar de minha pele...

Chamei de “amigo” e “irmão” quem sequer merecia ouvir a minha voz...

Confiei em pessoas que não mereciam sequer minha indiferença...

Perdi minha fé nas pessoas... minha fé no amor... minha fé em deus...

Perdoei demais... calei demais... Vi se afastar de mim quem jamais imaginei que assim o faria... Sofri com uma indiferença que hoje, felizmente, nem se compara àquela que sinto...

Quase me afastei daqueles que verdadeiramente me amam...

Vi aflorar em mim uma besta que desde há muito combato e sempre a controlei... por pouco ela não me dominou...

Enfim... neste ano de 2012 fui ao inferno...

Mas este ano está chegando ao fim...

Um novo ano está se abrindo trazendo consigo novos horizontes.. novas expectativas... novos planos... novas oportunidades... novas experiências... novas amizades... reencontrar  amigos antigos...

Guardo comigo apenas o que de bom vivi...

Vivi um grande amor... Um grande amor que chegou ao fim.

Vivi bons momentos... tenho boas lembranças... trago tatuado em meu peito e minha alma pedaços de minha vida onde a alegria campeava ao meu lado... e dizem que é disso que a felicidade é feita...

Tenho o prazer de ter em meus braços o maior tesouro que um homem pode ter... tenho  um anjo em meus braços... seu sorriso enche de luz o meu dia... sua risada é música para meus ouvidos... seus dedinhos desenham pelo espaço o que somente os anjos são capazes de desenhar...

Seus carinhos afagam não só meu corpo físico mas, principalmente, afagam minha alma... seu amor é verdadeiro e, pelo menos por enquanto, é incondicional...

Ainda que seja por breves momentos, este anjo, com sua divina energia, me encoraja a seguir meu caminho...

Sei que em breve até mesmo meu anjo se distanciará de mim... sei que nosso contato será mais “eventual”, raro, mas, certamente, intenso... forte como um halo de luz... e isso me bastará...

Os que me conhecem certamente já me ouviram dizer que quem não quer minha amizade acaba por perder um grande e leal amigo. 

Lembrei-me agora dos dizeres de um grande mestre que passou por minha vida no passado que usualmente dizia: "Aos amigos QUASE tudo... aos outros, os rigores da lei..."

Quanto ao mais, o lixo de minha alma receberá o lugar que merece...


E QUE VENHA 2013 ! ! !  Estou pronto para você...


domingo, 23 de dezembro de 2012

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012


NATAL...


Para mim o natal nunca foi sobre presentes ou papai noel...


É claro que, quando criança, esperava sem dormir o “bom velhinho” para ver se ele tinha trazido algo para mim... nunca faltou um presente sob a árvore... hoje, bem sei com que esforços dos meus pais...


Mas não... o natal era muito mais que isso... o natal era festejar o renascimento...


O natal era a família toda reunida... as risadas... as brincadeiras... ouvir o discurso de minha mãe... a fartura de comida na mesa... o brinde... a prece antes de tudo...


Enfim, o natal era celebrar a alegria...


Mas esse ano as coisas estão muito diferentes... minha alegria se esvaiu de mim.


Perdi duas pessoas a quem amei muito... cada uma delas a seu modo, mas as perdi... cada uma delas levou consigo uma parte importante de mim... uma parte das minhas boas lembranças... uma parte de minha vida...


Me tornei uma pessoa embrutecida... dura... incapaz de sorrir... uma pessoa que, por hora, é incapaz de acreditar no que quer que seja... 


Mas, se natal é realmente o renascimento, espero, do fundo do meu coração, que também eu possa renascer... que possa voltar a existir em mim alegria... que possa voltar a sorrir... que volte a acreditar nas pessoas... que volte a ter fé no que de bom a vida possa me reservar... que volte a ter fé no amor... que volte a amar... 


Mas isso, só o tempo poderá dizer...


E que o renascimento aconteça...


quarta-feira, 19 de dezembro de 2012


QUANDO A TEMPESTADE PASSAR...


Hoje vivo em meio a uma tempestade. Não por causa da chuva, nem de ventos fortes...

A tempestade à qual me refiro se encontra em minha mente... em meus pensamentos. Jamais imaginei que dentro de mim poderia haver sentimentos tão conflitantes entre si.

Essa tempestade ainda turva minha visão e me impede de ver com clareza tudo o que me rodeia... novas oportunidades, antigos planos arquivados em razão de compromissos assumidos... novos horizontes enfim...

O vento forte ainda me impede de abrir os olhos completamente... Fantasmas antigos ainda assombram meus dias e, principalmente, minhas noites... Ah... como são longas as noites...

Escombros do que um dia foi uma casa, um lar, ainda se encontram espalhados aos meus pés... lembranças dos sorrisos gratuitos se misturam às fotos das viagens, dos aniversários, das festas, dos amigos e parentes queridos, da família... Tento, em vão, juntar apenas as boas lembranças e colocá-las em meu peito... um cofre para deixá-las seguras...

Sinto com se minhas forças me tivessem sido retiradas totalmente. Por algum tempo até foram... Mas não me entrego com facilidade... não desisto sem lutar... nunca o fiz em minha vida e não será agora que o farei...

Luto! Luto diariamente para afastar de mim tudo aquilo que me magoa, que me machuca... Luto para compreender que aquilo que sempre acreditei que seria perene acabou... disso já me convenci...

Acordo todos os dias e peço para que hoje eu seja melhor que ontem, para que eu caminhe com força e confiança, para que nada e nem ninguém possa me abalar, para que a alegria volte a invadir meu espírito, para que a luz preencha tudo ao meu redor, para que eu me encontre no olhar de cada semelhante, para que meu sorriso volte a habitar minha face para que ele possa iluminar o próximo, para que o amor seja meu guia hoje e sempre, pois hoje é um novo dia e outra chance me foi dada.

Mas, como dia a música: essa chuva um dia vai passar...


terça-feira, 18 de dezembro de 2012


O QUE TE DESEJO...




Te desejo hoje exatamente o mesmo que desejei desde o primeiro dia em que te conheci.

Desejo que seu caminho seja suave e repleto de descobertas e realizações.

Desejo que suas desventuras sejam poucas e suportáveis.

Desejo que a prosperidade a acompanhe a sempre.

Que suas metas sejam alcançadas.

Seus sonhos se tornem reais.

Seus desejos realizados.

Seja, sempre,

Feliz!






BRILHO NOS OLHOS...


Outrora meus olhos brilhavam... e como brilhavam! Brilhavam como os olhos de um menino que contemplava o futuro...


Fazia planos e lutava para tentar concretizá-los. Traçava metas e objetivos e me empenhava para alcança-los.  Ria de tudo... principalmente, ria de mim... A alegria campeava ao meu lado...


Mesmo quando isolado de todos não me sentia sozinho pois tinha um norte... uma certeza em minha vida...


Hoje esse norte se perdeu... a certeza não mais existe. Isso é fato consumado! Tive de encerrar em minha vida um capítulo que sempre acreditei que não acabaria... acabou aquilo que sempre acreditei ser perene...


Hoje tenho comigo apenas uma companheira... a solidão. E como é terrível se sentir só em meio a multidão! Sei que alguns poderão dizer que não estou só... que tenho amigos, que tenho uma família... de fato os tenho... e sou grato a eles.


Mas a solidão que sinto é diferente... é o vazio no peito... é a solidão e a sequidão da alma... é o não sentir mais nada... acredito que esse é o pior dos sentimentos.


Agora meus olhos brilham... mas por um motivo diferente...


Agora meus olhos brilham pelas lágrimas que insistem em turvar a minha visão e me impedem de ver – pelo menos agora – que, como todos me dizem, a vida segue.


Mas estas lágrimas secarão... e o brilho dos meus olhos voltará a existir...



DO QUE PRECISO?



Preciso de um amigo que não me pergunte nada, que não diga nada... que apenas seja meu amigo...


Preciso de um abraço... um abraço longo e carinhoso, daqueles que não temos pressa de sentir que ele acabou;


Preciso de alguém qu
e possa me ajudar a resgatar a minha fé... a fé nos homens, a fé em Deus, a fé no amor;


Preciso de alguém que me diga que essas feridas irão cicatrizar... que me diga que se o que é bom acaba, o que é ruim também irá acabar;


Preciso de alguém que me mostre que é possível voltar a amar;


Preciso de alguém que me ajude a encontrar a alegria que perdi...


Preciso de alguém que me diga que essas feridas irão cicatrizar... que me diga que se o que é bom acaba, o que é ruim também irá acabar;


Preciso de alguém que me mostre que é possível voltar a amar;


Preciso de alguém que me ajude a encontrar a alegria que perdi...


quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

O QUE ME FAZ FALTA.



O que me faz falta já não são os beijos ou os carinhos... Nem mesmo o amor me faz falta... estou aprendendo a viver sem isso...


Hoje, o que mais me faz falta é poder ir no meio da noite até o quarto de minha filha... só para ver se ela está bem... se ela está coberta ou se está com frio... dar um beijo sem hora marcada...

É sair de casa sem dar um beijo na minha pequena... sem saber como foi sua noite...

É chegar em casa e não ter mais minha menininha correndo com os bracinhos erguidos para me abraçar... é não mais acordar com aquele rostinho lindo me olhando... às vezes assustada com alguma coisa, com medo de um pesadelo... outras vezes para pedir que preparasse sua mamadeira...

É não mais acordar com minha filha pulando sobre mim morrendo de rir por ter assustado o papai...

É chegar em casa e não ficar longos minutos procurando por minha menininha, mesmo sabendo onde ela se escondeu, já que se escondia nos mesmos lugares todos os dias...

O que me faz falta é não ter mais a certeza de que poderei oferecer à minha filha o que havia planejado para ela... não saber se, com todas essas reviravoltas poderei mantê-la no colégio que ela adora... no colégio que no dia em que fui com ela conhecer ela se agarrou numa grade e não queria mais sair...


O que me faz falta é a presença, pois sei que ao chegar em casa, pelo resto da noite, estarei só com meus fantasmas que ainda insistem em me assombrar... como é longa a noite!


O que me faz falta não é o sexo - não que ele não faça, mas sexo por sexo, isto se consegue com facilidade - , mas as conversas ao travesseiro... as cócegas e risadas... é assistir um filme na cama comendo pipocas... até mesmo brigar pelo controle remoto...


O que me faz falta não é não ter o jantar a mesa quando chego, já que comida posso ter em qualquer boteco da cidade... mas sim não ter com quem jantar. É não ter com quem dividir a comida que tanto luto para conseguir por na mesa...

O que me faz falta já não é a amante (até porque essa, já há muito, havia sumido)... o que mais me faz falta é a companheira... a cúmplice... a amiga... é ter com quem repartir...

O que me faz falta... é a alegria...


segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

DESABAFO...


Como é difícil ver a ex-companheira de uma jornada de mais de 20 anos chorar e, mesmo sabendo o motivo de suas lágrimas, oferecer o ombro como um amigo, oferecer o conforto e um abraço e, ainda assim perceber que seu ato foi mal interpretado... que aos olhos dela, queria apenas o seu abraço...

Como é difícil, nos poucos momentos que durmo, não ter nem mesmo os meus sonhos, pois, até neles,  os fantasmas do passado vêm me assombrar... 

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O DIA EM QUE ME MATEI...


Algumas poucas pessoas sabem que há pouco tempo tentei me matar. Coloquei uma arma em minha boca e, por três vezes, disparei. A merda da bala não fez a única coisa que ela deveria fazer... disparar...

No entanto, essas pouquíssimas pessoas que sabem o que tentei não sabem o porque tentei. Vou tentar resumir o que se passou em minha cabeça sem expor muito as pessoas envolvidas.

Por motivos que prefiro não revelar, contratei uma pessoa  para que ele "apagasse" uma pessoa para mim. As únicas exigências que fiz foram que a "vítima" estivesse sozinha e que ele (o contratado) me ligasse antes de "executar o serviço" para que eu desse o meu ok. Não queria saber quando, nem onde, nem como... Não precisava saber de mais nada. Por dias esperei o telefonema. Mas conhecia o contratado e sabia o quanto ele é cuidadoso para executar seus "serviços".

Assim fez o contratado. Num dia, quando menos esperava, toca meu celular. Atendo e o contratado me diz que o "serviço" estava prontinho para ser feito. Bastava que eu desse a ordem e a vítima estaria no outro mundo. Foi a pior ligação, ou uma das piores, que já recebi em minha vida... 

Por um lado, sentia o poder em minhas mãos... bastaria que eu disse uma única palavra e uma vida -- a vida de uma pessoa que muito me fizera sofrer -- teria fim. Era como se naquele momento eu fosse deus -- o mesmo que adora brincar com seus marionetes --. Era o poder da vida e da morte em minhas mãos... Senti que, naquele momento, iria matar todas aquelas lembranças de tudo o que li e que sabia ter acontecido...

Por outro lado -- e ao contrário do que fez a vítima -- pensei na família dele... Disse isso a ele na última vez que nos falamos pessoalmente... Pior que isso, pensei em como poderia seguir vivendo com o fato de ter, ainda que indiretamente, ainda que sem puxar o gatilho, tirado a vida de alguém... Aqueles segundos que se seguiram pareceram anos... Pensei que aquilo ia contra todos os princípios que, desde a infância, me fora explanado como sendo o certo.

Inventei alguma coisa e mandei que o contratado abortasse a "missão", o que ele fez muito contrariado (bem sei que ele gosta do que faz). Voltei para casa. Aquela ligação não me saía da cabeça... Como pude chegar até aquele ponto? Tive de desobrigar o contratado por mais duas vezes, em dois outros dias, até que ele se convencesse de que realmente não queria mais os seus serviços...

Cheguei em casa e aquilo fervilhava em minha mente. Me achava um lixo. Uma mistura de ódio, raiva, amor e covardia me martirizava. Naquele tempo ainda cria em deus... meus sentimentos eram absolutamente contraditórios e confusos...

Incapaz de pensar claramente, acreditei que a única coisa que poderia fazer para silenciar aquele turbilhão de pensamentos era pondo fim à minha vida. Procurei uma porcaria de arma que tenho -- a única que me sobrou desde a última vez que pretendi usar umas das muitas que já tive -- a minha primeira. Depois de revistar por todos os cantos a encontrei. Uma velha garrucha de dois canos. Municiei com a munição que tinha... me sentei no chão do banheiro, engatilhei os dois canos, coloquei em minha boca -- sabia que, em razão do pequeno calibre, seria o único lugar onde poderia atirar para causar morte instantânea -- sem relutar puxei o gatilho... nada aconteceu. Assim fiz por mais duas vezes... Porra!!! Nem me matar eu conseguí!!! Não por falta de coragem, mas porque a merda da bala não fez a única coisa para a qual foi projetada...

Quando a terceira tentativa foi frustrada, outras coisas começaram a vir em minha mente. Mas uma delas me trouxe de volta à realidade... minha filha. Quais as consequências aquele meu ato poderiam causar a ela? Como pude ser tão egoísta ao ponto de querer tirar a minha vida esquecendo a de minha filha.

Naquele dia eu me matei, muito embora a bala não tenha saído do cano. Não física, mas espiritualmente.  Não por falta de coragem em executar minha vontade. Não sem sofrer. Matei tudo aquilo em que sempre acreditei. Matei minha alegria, pois desde aquele dia não consigo mais sorrir.  Matei minha alma e meus princípios

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

A FÉ QUE ME ROUBARAM...



Nunca fui um homem muito religioso. Mas sempre me considerei um homem de fé. Cria em deus com a simplicidade de uma criança que entregava sua vida nas mãos do pai ao saltar para o desconhecido, na certeza de que o abraço forte a apanharia e não deixaria que nada de mal lhe acontecesse.

Pedia a deus com a inocência desta mesma criança que, se chegando ao pai, pedia algo, na certeza de que seria atendido.

Como pude me enganar tanto com esse tal de deus? Um cara que, como o manipulador, brinca com seus marionetes, pouco se importa se estes tinham ou não suas esperanças depositadas única e exclusivamente em suas mãos, se diverte com seus infortúnios. 

Minha fé em deus me foi retirada... e não sem sofrimento, pois esta era uma das poucas certezas que tinha em minha vida. A certeza de quem acreditava num ser supremo que se importava com o que acontecia comigo. No entanto, no momento em que mais precisei dele, no momento em que me lancei para o desconhecido, pedindo que ele me amparasse, ele não estava lá, deixando com que me estatelasse no chão, me fazendo em pedaços...

Como posso agora pedir para um cara em quem não mais creio possa abençoar minha filha? Como posso pedir para que este cara a proteja em seu caminho diário? Como posso desejar a alguém, seja lá quem for, que deus a acompanhe se nele não mais creio?

Mas esta não foi a única fé que me foi tirada. Infelizmente, sempre fui também muito crédulo com as pessoas que me cercavam. Me entregava de corpo, alma (?) e coração àqueles que de mim eram próximos, acreditando que também eles assim o faziam. Como pude ser assim tão tolo?

O que recebi em troca dessa minha quase "servidão", nessa minha crença e confiança nas pessoas? Poucos sabem... e no que depender de mim, ninguém mais irá saber...

Como poderei, de agora em diante, restaurar, um mínimo que seja, a minha fé nas pessoas? Como poderei me entregar novamente, ainda que seja aos poucos, se a cada palavra que me é dita penso que posso estar agindo como um completo idiota?

Perdi, ainda, a minha fé no amor. E como me dói dizer isso. 

Esse sentimento que sempre me foi tão profundo, tão caro, tão verdadeiro, de repente, me foi completamente extirpado. Me sinto oco, seco... Não fosse o que sinto por minha filha, seria capaz de dizer que o amor é apenas uma palavra criada para vender...

Por último, perdi minha fé no futuro. 

Por mais da metade de minha vida, todas as metas e objetivos foram traçados buscando a realização de uma aspiração de um futuro. Algumas destas metas e objetivos foram alcançados, outros ainda permaneciam como metas. Estas sempre foram traçadas com base num projeto traçado, já há muitos anos, e que envolviam pessoas que jamais imaginei que pudessem sair de minha vida.

Repentinamente, todos estes projetos e objetivos me foram extirpados. 

Em resumo: 

Perdi minha fé em deus...
Perdi minha fé nos homens...
Perdi minha fé no amor...
Perdi minha fé no futuro...

O que me resta?

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Difícil não é lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que mas se ama. 

Eu desisti. Mas não pense que foi por não ter mais coragem de lutar, pois foi por não ter mais condições de sofrer.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012


HOJE EU QUERIA...


Hoje eu queria encontrar um espaço,
Onde pudesse deixar isolada a minha dor.
Hoje eu queria sentar-me no chão
E poder apoiar a cabeça no colo de alguém...
Hoje eu queria que algum coração sentisse falta do meu.
Hoje eu queria poder encharcar o ombro de alguém com minhas lágrimas.
Hoje eu queria poder esquecer que meu coração está vazio,
E minha alma está morrendo.
Hoje eu queria acreditar,
Que no livro de minha vida,
Não estou escrevendo a última página...
Hoje eu só queria um abraço,
O aconchego de braços carinhosos.
O carinho de um ombro amigo,
Palavras suaves ditas especialmente para mim.
Não quero dar explicações,
Não quero pedir desculpas.
Quero um abraço apertado que me ajude a apagar as lembranças ruins.
Hoje, é isso o que quero e tudo o que estou precisando...
A esperança me dará forças para reagir,
É preciso acreditar que o futuro será melhor, será suportável...
Sei de onde esta angústia vem,
Só não sei como dar fim a ela neste momento...
Eu queria voltar no tempo; refazer os caminhos por onde andei...
Corrigir os erros que cometi...
Mas a realidade é o que vivo agora e é com ela que tenho de conviver.

HOJE, EU SÓ QUERIA UM ABRAÇO...


Quando Perdi Minha Fé!


Quando o tempo passa e tudo que você espera não acontece, você começa a deixar de acreditar.
Quando a desilusão é freqüente, você começa a perceber que não da mais para esperar.
Quando todas as tentativas de fazer acontecer, não acontece, você acaba por cansar.
Quando só as coisas materiais fazem diferença, ou é o assunto, é tempo de acordar.
Quando você ama e, não recebe um carinho. É hora de constatar que não é amado!
Palavras não dizem o quanto alguém te ama, por mais que essa pessoa diga. Atos sim dizem, medem ou expressam o tamanho de um amor. Dizer “eu te amo” é ilusório, é fácil, apesar de ser muito bom e, necessário de se ouvir. Praticar esse amor é que é a grande obra. Demonstrar a profundidade desse amor, é ser maior que o próprio amor.
Pior é quando o amor, é o amor dos bons momentos, aquele que só se manifesta quando tudo está bem e, que ao menor descontentamento, ou contrariedade ele não esta lá, some, desaparece. Somente um espaço vazio, oco e sem sustentação. Na hora em que ele precisa aparecer, ser forte e demonstrado, cadê? Revela-se na sua essência, frágil e incapaz, egoísta e autoritário, reivindicando para si toda a razão.
Quando percebi que meu amor é inútil e sem valor, eu perdi minha fé.
Quando fiquei ansioso pra ganhar um beijo e, só o desprezo me tocou, então perdi minha fé.
Quando procurei pelo seu abraço e só a distancia estava entre nós, aí perdi minha fé!
Quando tentei falar de nós e só quiseste falar de coisas, perdi minha fé;
Quando comparei o tempo e constatei que mudaste, definitivamente perdi minha fé.
Quando te toquei em busca de carinhos e permaneceste imóvel, inerte, sem resposta. 

Percebi que ali jazia o seu amor e a minha fé.

A fé no amor que dizias sentir;
A fé no Futuro;
A fé em Deus!...............

MINHA ALMA ESTÁ GELADA!


O calor que aquecia os meus dias se afastou definitivamente de mim. Mais de vinte anos de uma história maravilhosa e que rendeu um fruto tão lindo chegaram ao fim. Ontem matei meu coração. Minha alma está gelada!
Seria necessário chegar a tal ponto?
Tudo o que buscava era ser respeitado e, quem sabe, poder reacender uma chama que ainda poderia existir.
Jamais quis a separação.
Respeito. Seria muito pedir por respeito?
Sinto-me morto, gelado, perdido... As reticências voltaram à minha mente.


Chora Peito (legendado).

terça-feira, 20 de novembro de 2012


NINGUÉM É PERFEITO?


Diz o dito popular que ninguém é perfeito. Discordo.

Por exemplo, eu sou um perfeito idiota.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012


O ANTAGONISMO ENTRE MINHAS DUAS METADES.

Escrevi este texto há algum tempo. Não sei se seria a hora de publicar, mas acredito que ele ainda representa muito do que se passa em minha mente.

Metade de mim é absolutamente racional. Esta já resolveu tudo e sabe muito bem o caminho que irá trilhar;
Mas a outra metade é pura emoção. Esta é amor incondicional e se sente tão perdido quanto um garoto que se apaixona pela primeira vez.

Metade de mim é emoção. E, por esta metade, sangue já haveria sido derramado. Trágico, sim. Melodramático, certamente. Mas tão verdadeiro e inconsequente quanto somente a emoção pode ser;
Mas a outra metade é razão. E esta metade sopesa todas as consequências de meus atos. Consequências de atos nefastos que seriam (e são) imutáveis depois de praticados.

Metade de mim é razão. É estrategista e procura antecipar cada movimento meu, procurando prever cada movimento a ser feito em cada uma das possíveis situações que venham a se apresentar;
Mas a outra metade. Ah... essa outra metade é emoção. É a paixão desmedida. É o calar por não saber se o que deve ser dito será compreendido. É o estar perdido sem saber o que fazer e nem como fazer. É o não querer nem imaginar a possibilidade de seguir sozinho.

Metade de mim é emoção. Se sente sem rumo, sem chão, sem norte. Chora por tudo, se emociona por tudo;
Mas a outra metade é razão. Procura de forma quase que incansável manter a cabeça erguida. Manter o foco em outras coisas para que o dia não se arraste melancólico.

Metade de mim é razão. Esta metade sabe – e tem certeza disso – que não quer seguir o resto de sua vida atormentado por fantasmas presentes e / ou futuros;
Mas a outra metade é emoção. Essa metade, imbuída pelo amor que sente, mesmo sem saber o por que, aceitou tudo o que aconteceu resignado, apenas rezando para que minha memória simplesmente esqueça desse período passado.

Metade de mim é emoção. É loucura. É a que escolhe viver um minuto de cada vez, sem pensar que no minuto seguinte tudo pode estar acabado. É o querer sentir seu perfume, seu calor, seus abraços, sua voz, seu toque e seu sexo.
Mas a outra metade é razão. E é ela quem me mostra a dura realidade do nada – ou quase nada – ter. É a que mostra que as contas vencerão, independentemente do fato de estar eu feliz ou não. É a que se preocupa com a filha na escola. Se ela está feliz ou não. Se ela tem sido hostilizada pelos coleguinhas.

Metade de mim é razão. É a que se preocupa com o fato de que somente terei onde trabalhar até o começo de mês de dezembro. É a que pensa como farei para honrar os compromissos que assumi.
Mas a outra metade é emoção. E essa metade é a que está pouco se importando com todo o resto. É a que me faz beber para ver se consigo sufocar minha metade racional a ficar adormecida, nem que seja naqueles momentos em que o torpor do álcool assim faz.

Metade de mim é emoção. Busca a todo o custo a reconquista de seu amor. Pouco importando o que tenha de ser feito ou quem tenha de ser desprezado, sobrepujado, espancado, morto.
Mas a outra metade é razão. E esta tem plena consciência de que pouco importa o que faça, ou como faça, se meus atos não encontrarem terreno fértil em seu coração, essa luta estará perdida e jamais a reconquistarei.

Metade de mim é razão. Esta metade sabe perfeitamente que você quer asas. Quer viver outras aventuras. Sentir outros amores, outros beijos, outros sexos. Que se não for mais por aquele, será por outro. Esta metade sabe que seu amor por mim acabou – ou pelo menos é isso o que ela sente – . Se é que de fato algo restou, foi apenas um leve sentimento de amizade – ou, se preferir, de coleguismo, posto que até mesmo a amizade não sobrevive se for respeitada – .
Mas a outra metade é emoção. E esta metade quer, a todo custo, acreditar quando você diz que ainda gosta de mim. Que sim, é possível que venhamos a ter não o que tínhamos antes, mas algo muito melhor e mais forte.

Metade de mim é emoção. Vê apenas aqueles breves momentos de carinho. É a que ouve apenas a parte da conversa que lhe agrada. É a que quer acreditar. É a que se deixa enganar, mesmo sabendo de muito mais do que exterioriza.
Mas a outra metade é razão. É a que me faz passar noites e noites acordado e, por diversas vezes, abafando o choro para que você não perceba como estou. É a que quer que eu me mostre forte e preparado para qualquer que seja a sua decisão.

Metade de mim é razão. É aquela que sabe que os fatos mostram que as probabilidades em meu desfavor. Que sabe e tem certeza de que se não houver vontade sua, não existe a menor possibilidade de você e eu voltarmos a sermos nós.
Mas a outra metade é emoção. Esta metade quer acreditar que se eu fizer tudo certinho, que se falar apenas as coisas certas nas horas certas, tudo dará certo.

Metade de mim é emoção. Quer envelhecer ao seu lado. Quer, a todo custo, reavivar a chama de uma amor que acredita ter existido. Viver intensamente cada minuto de um amor que insiste em acreditar que existe;
Mas a outra metade é razão. E esta metade clama por ser respeitada. Não suportaria a dor de ver alguns atos por ambos praticados serem repetidos. Prefere seguir só do que seguir a vida em uma corda bamba, na incerteza.

Enfim... METADE DE MIM É LOUCURA... E A OUTRA METADE TAMBÉM.




CICATRIZES.





E VOCÊ?





terça-feira, 13 de novembro de 2012

Bruno Mars- It Will Rain ( tradução)

U2 - With Or Without You (Legendado)

O QUE DIZ MEU CORAÇÃO?




                                                                              Quero inesgotavelmente te amar...
Quero sentir teu coração, teu  calor,
Ouvir tua voz, teu riso,
Estar em teu pensamento,
Num amor envolto em um manto de paz,
Sublimado na paciente espera
De quem ama com a alma submissa
E fiel à expectativa amorosa
De derramar-me em ti.
Quero tê-la assim em minha alma,
No calor que me aquece,
Na melodia mais linda,
No ar que me leva...
                                                                                          Na alegria que tu me trazes,
                                                                                    Na poesia do meu coração...


Se você soubesse quanta coisa boa ainda está por vir, nem pensaria em desistir de nós agora.
Se não for hoje, um dia será. Algumas coisas, por mais impossíveis e malucas que pareçam, bem no fundo, sabemos que foram feitas para dar certo.
Pense que, muito embora ninguém possa voltar no tempo e fazer um novo começo, podemos começar agora e fazer uma nova história. 

Como queria envelhecer ao teu lado!



FATO!



De fato. O pior erro que um homem pode cometer em sua vida, pelo menos em seu relacionamento, é deixar que um outro homem faça a sua mulher sorrir. Principalmente quando ainda ama sua mulher.

Digo isso por ter acontecido comigo. Sofro a cada minuto as consequências de ter permitido com que isso acontecesse.

O pior é não saber se o acontecido poderá ser revertido... se poderei voltar a fazer com que minha mulher volte a sorrir para mim e comigo... Isso, somente ela poderá decidir.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

VALE A PENA LER.



Naquela noite,enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos.

De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente.

Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: "Porquê?" Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou "você não é homem!" Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouví-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a Jane. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela.
Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.

Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Jane profundamente. Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.

No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane.

Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e volteia dormir.

Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possível. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus exames no próximo mês e precisava de um ambiente propício para preparar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais.

Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.

Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a idéia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio", disse Jane em tom de gozação.

Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai está carregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio" Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.

No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito,eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela.
Por uns segundos,cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado.

No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior como corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.

No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.

Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.

A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração... Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.

Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora de você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mão todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo.

Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.

Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas.Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras:"Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo".

Eu não consegui dirigir para o trabalho... fui até o meu novo futuro endereço,saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia... Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a ela "Desculpe Jane. Eu não quero mais me divorciar".

Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está com febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti "Desculpe,Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe.

A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouví-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar.

Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: "Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe".

Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama, morta.
Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.

Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa, faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!


Valorize quem realmente te ama ... Pense nisso ...

COMO FAZER?


Como fazer para te amar menos?
Como fazer para me preocupar menos?
Como fazer para querer menos sentir seu toque, seu calor?


Meus pensamentos estão sempre em você. Isso tudo somente me afasta cada vez mais do final dessa batalha.

Preciso, mesmo, de um remédio que cure o que sinto.

Lou Rawls - You'll Never Find Another Love Like Mine (Tradução)

PODE ESTAR CERTA DISSO.

Barry White - You're The First, The Last, My Everything (Legenda)

PARA VOCÊ UNKNOWN, porque você sempre foi minha primeira, única, meu tudo.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

A IDADE DO LOBO OU A IDADE DAS MIGALHAS?



"A sabedoria do homem prudente é discernir o caminho, mas a insensatez dos tolos é enganosa" (Provérbios 14:8)



"Após os 40 Anos de idade, o homem passa a caminhar pelo desconhecido mundo da meia idade. É a maior transição enfrentada por ele. Para alguns é o deslocamento de águas plácidas e serenas, para um oceano revolto e agitado. A travessia é turbulenta e difícil."


Assim começa um artigo destes que são encontrados aos montes na internet. Sempre acreditei que esta conversa de "idade do lobo" ou de "idade da loba" não passasse de mera forma que alguns psicólogos e psicanalistas tinham encontrado para vender livros e ganhar dinheiro. 


Pelo que tenho vivido nos últimos tempos posso dizer, sem a menor sombra de dúvidas, que estava completamente enganado...


De fato. Seja por interferência minha ou não, por ações ou omissões minhas ou não,  por culpa minha ou não -- até porque este não é o caso nem o momento de atribuir culpas --, posso garantir que agora, com meus 42 anos de idade, estou passando pela maior transição que já enfrentei em minha vida. Nunca imaginei que, a esta altura de minha vida, pudesse vir a enfrentar este "oceano revolto e agitado". E como ele é cruel!


Segundo o mesmo artigo, quando o homem atinge a "idade do lobo" o homem  "...avalia seus sonhos, alvos e projetos e fica satisfeito ou frustrado; é quando ele passa a questionar tudo, inclusive a vida..."


Pois é. Nos últimos tempos avaliei meus sonhos, meus projetos e meus alvos e o que posso dizer é que estou absolutamente frustrado comigo. Nada - ou quase nada - do que sonhei em minha vida se concretizou. Meus alvos não foram atingidos e meus projetos, nem de longe, consegui por em prática.


Tenho vivido de migalhas que me são deixadas. Em todos os aspectos de minha vida. Tenho vivido de migalhas...


Sem falsa modéstia, sou um profissional competente, respeitado em minha área de atuação, conhecido e reconhecido pelos colegas de profissão. E o que tenho por ser um profissional assim? Migalhas...


 Jamais saí como um lobo voraz, a caça de presas. Nunca precisei disso. Acreditava que tinha tudo o que queria. Não que não tivesse ambições. Seria medíocre se disse isso. Mas acredito que esta busca voraz não passaria de uma aspirina, um alívio temporário a conflitos muito mais sérios cujas soluções devem, estas sim, serem buscadas vorazmente. Falhei... Falhei por acreditar que estas soluções seriam apresentadas pelo tempo.


Alguém descreveu a crise da meia-idade do homem como a época em que este se depara com quatro inimigos: o corpo (o passar dos anos começa a pesar), o trabalho (está realizado em relação a ele ou não?), a família (as muitas e diversas pressões que ela lhe impõe), Deus (ele é o culpado de todos os seus problemas). Enfim, quando ele reavalia seu valor pessoal, quando há alvos e sonhos não alcançados; quando a rotina e a monotonia massacram, a aventura ou uma nova forma de realização estão do outro lado da porta de sua casa, convidando-o. Quando a esposa e os filhos já não dependem tanto dele; quando ele inicia uma batalha para que sua aparência física ainda desperte admiração e desejo do sexo oposto; quando "cai a ficha" de que ele não viverá para sempre - o chão lhe foge dos pés e o homem entra em crise.


Acredito que a foto que coloquei neste post espelha o que estou sentido agora: me sinto  imerso em um frio implacável, uivando com os olhos fechados para uma lua que está muito, muito distante do meu alcance. Deixei tanto o tempo passar para ver se as soluções aos problemas se apresentavam que não percebi que minha lua se distanciava mais e mais de mim. Como pude ser tão cego e não perceber o que estava acontecendo? Como pude não ver que minhas omissões estavam a afastando de mim a cada dia que passava?


E agora? Será possível que minha lua ainda volte a se aproximar de mim? Tenho visto seu esforço, sua determinação em buscar essa reaproximação. Mas a gravidade pode ser mais forte que a vontade e pode afastá-la mais e mais.

Minha lua é -- sempre foi, e continua sendo -- bela.  Ela sempre despertou a atração de outros lobos. E agora, ela própria, como incansavelmente tem afirmado, está na idade da loba. Alcançou a idade em que está pouco se importando com os outros, com o que eles pensam ou dizem, ou como ela própria escreveu, que seu nariz é sua guia.


Não posso deixar de pensar em outras coisas que minha lua tem escrito. Que está no auge de sua sexualidade, que atualmente busca não só quantidade, mas também qualidade. Tudo o que sei é que não temos tido nenhum dos dois...


Sempre fui profundamente ansioso. E esta ansiedade, com a certeza de que minha vida é finita e corre para o final só tem aumentado. Temo que o tempo, ao revés de curar as feridas, somente venha a infeccioná-las como já aconteceu no passado, quando chegamos quase ao ponto de termos de buscar a amputação de um amor que estava -- e não sei se ainda está -- infeccionado.


E quando digo que não sei é por um único motivo. Talvez por ter convivido por tanto tempo comigo, ela se fechou. Não fala sobre seus sentimentos, sobre o que realmente quer fazer. O que vejo é o que consigo entender nas entrelinhas do que ela escreve.


Por outro lado, temo que ao buscar soluções rápidas, até as consiga encontrar. No entanto, a experiência que já acumulei me mostra que as soluções rápidas nunca são as corretas e duradouras.


Atualmente, me vejo como o "lobo mau". Aquele da fábula infantil. Sempre achando que vai comer a chapeuzinho, e termina não comendo nem a vovozinha, já que é morto pelo caçador. Atualmente sei que sou um espectro, um fantasma do que fui e do que sempre sonhei ser.


Tudo o que sei é que, atualmente, vivo de migalhas...