AS SURPRESAS DA VIDA.

Sei que disse que iria para de postar aqui. Mas um fato que ocorreu neste final de semana me fez deixar de lado tudo o que vinha tentando doutrinar em minha mente. 

Por mais que me esforce, não consigo deixar de amar, pois se não podemos obrigar ninguém a nos amar, de igual modo, não podemos dizer ao nosso coração que, de hoje em diante, não deve mais amar àquela pessoa a quem sempre amou. 

Neste domingo, após ter ido à missa com minha pérola, tomar um lanche no Mac"Donalds e ir ao cinema, chegamos em casa,  dei um banho nela, e a coloquei deitada ao emu lado no sofá da sala para assistirmos televisão. Claro que somente fiz isso porque ela não estava lá. Ainda não tinha chegado de seu compromisso. Por SMS perguntei se ela ainda iria demorar a chegar e ela me disse que já estava chegando. Levei nosso tesouro para a cama e mandei outro SMS dizendo o que tinha feito e pedindo cuidado em seu retorno, pois, como disse, por mais que me esforce, não consigo parar de me preocupar com ela, com sua segurança. Não consigo ordenar ao meu coração para que deixe de amá-la!

Fui então para a outra casa e tomei um banho para ver se conseguia, pelo menos, relaxar o corpo, já que a mente eu não tenho conseguido. Tão logo terminei o banho recebi um SMS em reposta. Achei que a resposta seria para que eu voltasse a tomar conta da minha vida. Sei que ela não me ama mais. 

Ela foi assaltada e agredida. Meu Deus! Não me lembro de como sai e fui correndo a procurar. Naquele momento não sabia nem se estava vestido ou não (por sorte estava).

Como me doeu vê-la machucada, ferida, agredida. Minha vontade era de pegá-la em meus braços e ficar a acarinhando até que aqueles machucados sarassem. Tive de me conter para não fazer isso. Tudo o que pude fazer foi ouvir o que ela me contou e me oferecer para ir a farmácia comprar um remédio.  Me ofereci para passar a noite ali, velando seu sono. Acho que por dó ela permitiu.

Como doeu não poder acarinhá-la! Tudo o que queria era poder passar um pouco do meu calor, do meu carinho. Poder reconfortá-la em seu infortúnio. Não pude.

Como doeu apenas acarinhar por alguns segundos o seu braço, quando o queria, na verdade, era cobrí-la de abraços e carinhos. Como foi difícil sentir sua mão em mim, enquanto estava ajoelhado ao seu lado na cama e ter ter de manter a distância! Meu Deus! Foi desesperador!

Tudo o que queria era ouví-la. Tudo o que queria era abraçá-la. Tudo o que queria era cuidar dela. 

Como doeu não poder evitar que ela fosse agredida! Acho que isso foi o que doeu acima de tudo. Não estava ao seu lado para evitar que fosse agredida. Logo eu que sempre disse para que ela jamais tivesse qualquer temor pois, enquanto estivesse comigo, jamais permitiria que ela fosse machucada.

Hoje, passei o dia querendo ligar para ela. Saber como ela estava. Saber se havia tomado os remédios. Me segurei o quanto deu, mas em um determinado momento não consegui mais suportar e mandei uma mensagem perguntando com ela estava. Mandei com temor de ser mal recebido, como se fosse uma intrusão.

A única coisa que desejo no mundo é que ela seja feliz! Que consiga um bom emprego. Que se realize profissionalmente. Tenho feito tudo o que está ao meu alcance para ajudá-la.

Sei que posso estar errando em querer que ela volte a me amar. Sei que da mesma forma que não posso ordenar ao meu coração que deixe de amá-la, ela não pode ordenar ao seu que volte a me amar. Acho que com isso a impeço de seguir com sua vida. Mas não consigo evitar. Como disse, não posso simplesmente ordenar ao meu coração que esqueça o amor que sempre esteve dentro dele.

Por favor, se você ler esta postagem, pelo menos me diga se o que estou tentando fazer agora é certo ou errado. Minha cabeça ainda está tão confusa que sequer o certo e o errado consigo distinguir.

Agora, tudo o que sei é que ainda te amo demais e não consigo parar de me preocupar com você.